quinta-feira, 7 de abril de 2011

Diferentes maneiras de discipular

Temos aprendido que discipulado é um relacionamento de ensino e aprendizado a respeito da Verdade revelada por Deus em Sua Palavra. Vimos que tal relacionamento deve ser buscado por todo cristão, seja para aprender, seja para ensinar. Por fim, resta-nos refletir sobre duas diferentes maneiras por meio das quais o discipulado é posto em prática por Jesus.
Evidentemente, Jesus se valeu muito do método cristão tradicional de ensino: a pregação. Vemos registradas nos evangelhos maravilhosas preleções proferidas por Jesus, sendo a mais conhecida delas o famoso “Sermão do Monte” (Mt 5 a 7), ouvido por multidões, mas endereçado aos DISCÍPULOS.
Tal método evidente sempre foi valorizado por igrejas saudáveis; parece salientar o óbvio, mas devemos ressaltar que vivemos em uma época avessa à reflexão e impaciente para ouvir. Recursos modernos e dinâmicos podem auxiliar o aprendizado, mas não se pode perder de vista que nossa fé vem pela PREGAÇÃO da Palavra de Cristo (Rm 10.17,18) e que aprouve a Deus que os que crêem fossem salvos pela “loucura” da PREGAÇÃO (1Co 1.21). Igrejas saudáveis, portanto, tratarão como assunto de primeira prioridade a excelência do ensino cristão. Farão isso simplesmente porque quando a Igreja expõe a Palavra com fidelidade e compromisso, DEUS SALVA PECADORES instilando a fé em Cristo em seus corações. A maneira mais óbvia de discipular – e ainda sim tão negligenciada em nossos dias – portanto, é por meio da pregação e do ensino, em todos os ajuntamentos da Igreja (EBD, cultos dominicais, reuniões semanais etc.).
Mas Jesus investia ainda em outra maneira de discipular: o CONVÍVIO. O objetivo era o mesmo: ensinar os discípulos. Apenas a maneira de fazê-lo é que diferia. Jesus não discipulava apenas por meio de aulas e sermões formais. Ele ensinava seus discípulos enquanto estavam juntos navegando pelo mar da Galiléia, realizando uma pescaria, ao repartirem uma refeição, ao caminharem pela cidade. Cenas do cotidiano – como uma figueira que não frutificava – eram usadas como ilustrações. Comentários banais – “Senhor, que pedras, que construções!” – não passavam despercebidos... tudo servia como oportunidade para ministrar a Palavra de Deus! Assim, Jesus discipulava CONVIVENDO, ao nutrir com seus discípulos um relacionamento de amizade e confiança. O dia a dia era tão eficaz quanto o “púlpito”.
Gostaria que você levasse a sério a questão do discipulado. Você sente que precisa aprender? Reflita sobre as oportunidades de aprendizado da Palavra que sua Igreja tem proporcionado a você e não as negligencie. Você é um cristão maduro? Então FORME UM DISCÍPULO! Talvez você não se sinta preparado para pregar ou ensinar, mas certamente poderá servir de exemplo a alguém mais novo na fé, convivendo amorosamente com um irmão que precisa crescer no conhecimento da Palavra.
Que ser um discípulo fiel de Jesus – no aprender e no ensinar – seja um anseio profundo do seu coração e que, ao colocar o discipulado em prática, Deus seja glorificado por intermédio de sua vida. Amém!


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