quarta-feira, 27 de abril de 2011

AEB


A AEB (Associação Evangélica Beneficente) é um iniciativa valiosa para o reino de Deus ajudando pessoas carentes em suas muitas necessidades. O Fundamentos Bíblicos agora é também parceiro deste importante trabalho que está no Brasil desde 1928. Visite o site e descubra formas de ajudar!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Orar é falar com Deus



“Mas quando você orar, vá para o seu quarto, feche a porta e ore a seu Pai, que está em secreto. Então seu Pai, que vê em secreto, o recompensará” (Mt. 6:6)[1]

        Estão lembrados da definição infantil clássica de oração? Qualquer criança freqüentadora de Escola Dominical responderá prontamente: “Orar é falar com Deus”. A criança acredita firmemente que Deus escuta suas orações. Por que quando crescemos essa definição tão simples e verdadeira começa a ficar repleta de dúvidas? “Será que Deus realmente se importa com os detalhes da minha vida?”, “Se Ele sabe de todas as coisas, por que repetir em oração tudo que ele já sabe?”, “A oração é realmente uma arma poderosa para o crente?” são algumas das muitas dúvidas que cristãos em todo o mundo enfrentam em alguma fase da vida.
        A questão é que nos esquecemos muitas vezes da simplicidade de que, verdadeiramente, orar é falar com Deus. E esta, longe de ser uma definição infantil, é carregada de profundo significado para nós que cremos no seu nome. Afinal, acesso direto ao Criador do Universo, Rei dos reis e Senhor dos Senhores, não deveria ser encarado como um fardo, uma obrigação ou algo que fazemos nas migalhas do nosso tempo. E, como cristã, eu sinto o grande e diário desafio de lutar contra a minha carne para que eu não esmoreça na oração. Portanto, não falo como quem é expert no assunto, mas como alguém que está buscando vencer as barreiras que surgem e querem me impedir de me deleitar na intimidade que Deus quer que tenhamos.
Se sabemos que a Bíblia está repleta de incentivos para que nós perseveremos no exercício da oração, devemos nos esforçar em fazê-lo. Aqui estão alguns pontos para reflexão sobre esse privilégio tão grande que temos:

1.   A oração é uma forma natural de termos um relacionamento verdadeiro com Deus: Deus nos fez e nos salvou para que tivéssemos um relacionamento vivo e pessoal com ele. Não existem relacionamentos íntimos e saudáveis sem conversa. É através da convivência diária e aberta que de fato conhecemos as pessoas. O relacionamento íntimo entre a Trindade deve espelhar nosso relacionamento com Deus e com o próximo. Jesus, o próprio Filho de Deus, deleitava-se em derramar o seu coração diante do Pai. Jesus continua sendo o nosso maior exemplo, pois constantemente instruía seus discípulos, quer por palavras, quer por atitudes, sobre o valor indispensável da oração. Através das orações nós passamos a conhecer mais intimamente o nosso Deus.

2.   Enfrentamos uma constante guerra espiritual, porque o inimigo não quer que oremos: “A oração do justo é poderosa e eficaz” (Tg. 5:16) e o inimigo sabe disso! Há cristãos que se tornaram tão seculares a ponto de esquecer que Satanás é uma realidade e que nossa luta é constante. Não que sejamos agora extremistas e focalizemos nisso. Claro que não! Mas o outro extremo é vivermos como se nada maligno existisse e o mal tivesse ficado em algum lugar distante, perdido no Jardim do Éden. Infelizmente, o mal nos cerca “procurando a quem possa devorar” (1 Pe 5:8). Portanto, vigemos em oração!

3.   A prática da oração não é uma questão de tempo e sim de prioridade: vivemos em um mundo extremamente agitado. O lema da hora parece ser “é agora ou nunca”. Infelizmente, a pressa dita o quanto nos envolvemos com as nossas amizades, o quanto nos dedicamos à família e o quanto nos dedicamos ao nosso Deus. Para muitas famílias, já se foi o tempo de poder se reunir na hora do almoço ou no jantar e ler um texto bíblico juntos instruindo os filhos na admoestação do Senhor. Acredito que os cristãos não deveriam se conformar à falta de tempo e, sim criarem oportunidades para tudo isso e, principalmente, para o momento de oração individual. Que cristão não está cansado de ouvir: “Troque 15 minutos que você assiste TV ou navega na internet por 15 minutos de oração”? Sim, isso já se tornou clichê. Mas, e se de fato fizéssemos isto? E se fossemos convencidos, pelo Espírito, que vale a pena sacrificar outras atividades, até mesmo o sono, para estarmos aos pés da fonte de toda a vida? Em seu maravilhoso livro The Secret Key to Heaven, Thomas Brooks diz: “É nosso dever remir o tempo de todos os afazeres seculares para a oração individual”.[2] A Bíblia nos diz: “Tenham cuidado com a maneira como vocês vivem; que não seja como insensatos, mas aproveitando ao máximo cada oportunidade (ou, remindo o tempo), porque os dias são maus (...) dando graças constantemente a Deus Pai por todas as coisas” (Ef. 5: 15-20). Acredito que deve haver uma redenção do nosso tempo nos dias de hoje e devemos, ousadamente, não tomar a forma do mundo, mas encontrar tempo para estarmos aos pés da cruz. Afinal, naquele dia o que diremos ao Senhor? Que não tivemos tempo de buscá-lo em oração?

E, mais uma vez, somos inspirados pelas sábias palavras de Thomas Brooks:

“Ó, cristãos! Se realmente acreditassem nisto (na importância da oração individual) vocês:
1.   Andariam mais agradecidos
2.   Trabalhariam mais alegremente
3.   Sofreriam mais pacientemente
4.   Lutariam contra o mundo, a carne, o diabo mais corajosamente
5.  Se entregariam para Deus, seus interesses e sua glória mais liberalmente
6.   Viveriam com a provisão que chega até vocês com mais contentamento
7.  Estariam em oração individual mais frequentemente, mais abundantemente”

Se orar é, realmente, um privilégio tão grande, não percamos oportunidades de derramar nossos corações na presença daquele que certamente nos ouve e se interessa por cada detalhe das nossas vidas.




[1] Todas as citações bíblicas são retiradas da NVI.
[2] BROOKS, Thomas. The Secret Key to Heaven. Edinburgh: The Banner of Truth, 2006 (Primeira publicação: 1665).
        

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Morte e Ressurreição de Jesus

Marcos 15:22-39

A semana da páscoa é um momento muito especial, em que, como cristãos, comemoramos a morte e ressurreição do nosso Salvador, que sofreu, morreu, foi sepultado, e ressuscitou para nossa salvação, para o perdão dos nossos pecados, e para que tenhamos vida eterna e abundante.
Mas é bem verdade que a grande tragédia da igreja hoje não é que os símbolos do cristianismo foram esquecidos, mas que foram banalizados.[1] Não paramos para refletir e considerar o que eles representam. Isto é especialmente verdade para aquele símbolo essencial do cristianismo, que tanto evocamos na páscoa: a cruz do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
             Suponha que você estivesse lá naquela sexta-feira e fosse testemunha ocular daquela cena. Naquela tarde sombria você se encontra no meio da multidão e observa três homens crucificados. Ao olhar aqueles três homens na cruz, a única coisa que os diferenciava era a inscrição sobre a cruz do que estava no meio, que dizia “Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus” – além da atenção especial que alguns lhe dispensavam. Fora isto, você apenas testemunha o suplício de um homem até a morte.
Você seria capaz de ver além da superfície das coisas e entender o que estava realmente acontecendo?
Marcos 15 nos mostra diversas respostas à cruz, de pessoas que podem fisicamente ver a cruz, mas não são capazes de entender o que ela representa ou significa. Assim como naquele momento, hoje as pessoas tem as reações mais diversas ao se deparar com a cruz de Jesus. Alguns agem exatamente como aqueles mencionados no verso 29. São os que acham que sabem muito sobre Jesus e o que ele disse, mas que na verdade não entendem realmente o que ele falou. Em nenhum momento Jesus ameaçou destruir o templo, mas aqui vemos alguns que não entenderam realmente o que Jesus disse e se apressam em proclamar a todo mundo todo o seu “conhecimento” sobre ele.
O texto também fala dos sacerdotes e escribas (vv. 31-32). A sua zombaria de Jesus é a voz daqueles tantos que não crêem precisar de Jesus para sua salvação porque a sua própria de justiça já lhes é suficiente.
            Aparecem no texto também outros na expectativa de algo miraculoso (v. 36). O que será que vai acontecer de interessante com este homem, ou através dele? Que tipo de milagre ele é capaz de realizar? Querem ver algo interessante... ou mágico.
Mas existem outras reações possíveis. Estando diante de Jesus, o centurião obviamente não viu o véu do templo se partindo. Tudo que ele viu foi um homem morrendo, um ser humano torturado até a morte. Os outros zombavam de alguém prestes a morrer. Este testemunhou a morte. Se você tivesse testemunhado aquilo, qual seria a sua reação?
De onde ele tirou a idéia de que Jesus era “verdadeiramente o Filho de Deus” (v.39)? Notemos que o centurião, talvez um dos que o tivessem escoltado até o Gólgota e participado ativamente da violência contra Jesus, é um dos mais improváveis candidatos neste texto a compreender o evento que se desenrolava naquele momento. Certamente uma ação de Deus no coração daquele homem permitiu que ele visse além dos simples eventos, mas fosse capaz de compreender de forma mais profunda o seu significado.
Entender o mistério da páscoa é crer que os eventos narrados nos Evangelhos acerca da morte e ressurreição de Jesus realmente aconteceram. Mas não apenas isto, é também crer que a interpretação dada a estes eventos pela Escritura Sagrada é a correta e verdadeira. Em outras palavras, é não somente crer que uma figura histórica, um homem, morreu numa cruz romana, mas que aquele era “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo. 1:29), que “com uma única oferta, [Jesus] aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados” (Hb. 10:14), e que Deus nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” (1 Pe. 1:3).

Para Refletir:

Talvez não estejamos acostumados a fazer a seguinte pergunta nos termos que vou colocar: E se esta história for verdade? E se realmente Jesus morreu na cruz para nos salvar? Você realmente crê nisto? Porque se esta história é realmente verdadeira, que diferença faz que Jesus tenha morrido naquela cruz para a salvação de todos aqueles que crêem? E que diferença faz a sua ressurreição ao terceiro dia?


[1] A. E. McGrath, Making Sense of the Cross (Leicester: Inter-Varsity Press, 1992).

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Diferentes maneiras de discipular

Temos aprendido que discipulado é um relacionamento de ensino e aprendizado a respeito da Verdade revelada por Deus em Sua Palavra. Vimos que tal relacionamento deve ser buscado por todo cristão, seja para aprender, seja para ensinar. Por fim, resta-nos refletir sobre duas diferentes maneiras por meio das quais o discipulado é posto em prática por Jesus.
Evidentemente, Jesus se valeu muito do método cristão tradicional de ensino: a pregação. Vemos registradas nos evangelhos maravilhosas preleções proferidas por Jesus, sendo a mais conhecida delas o famoso “Sermão do Monte” (Mt 5 a 7), ouvido por multidões, mas endereçado aos DISCÍPULOS.
Tal método evidente sempre foi valorizado por igrejas saudáveis; parece salientar o óbvio, mas devemos ressaltar que vivemos em uma época avessa à reflexão e impaciente para ouvir. Recursos modernos e dinâmicos podem auxiliar o aprendizado, mas não se pode perder de vista que nossa fé vem pela PREGAÇÃO da Palavra de Cristo (Rm 10.17,18) e que aprouve a Deus que os que crêem fossem salvos pela “loucura” da PREGAÇÃO (1Co 1.21). Igrejas saudáveis, portanto, tratarão como assunto de primeira prioridade a excelência do ensino cristão. Farão isso simplesmente porque quando a Igreja expõe a Palavra com fidelidade e compromisso, DEUS SALVA PECADORES instilando a fé em Cristo em seus corações. A maneira mais óbvia de discipular – e ainda sim tão negligenciada em nossos dias – portanto, é por meio da pregação e do ensino, em todos os ajuntamentos da Igreja (EBD, cultos dominicais, reuniões semanais etc.).
Mas Jesus investia ainda em outra maneira de discipular: o CONVÍVIO. O objetivo era o mesmo: ensinar os discípulos. Apenas a maneira de fazê-lo é que diferia. Jesus não discipulava apenas por meio de aulas e sermões formais. Ele ensinava seus discípulos enquanto estavam juntos navegando pelo mar da Galiléia, realizando uma pescaria, ao repartirem uma refeição, ao caminharem pela cidade. Cenas do cotidiano – como uma figueira que não frutificava – eram usadas como ilustrações. Comentários banais – “Senhor, que pedras, que construções!” – não passavam despercebidos... tudo servia como oportunidade para ministrar a Palavra de Deus! Assim, Jesus discipulava CONVIVENDO, ao nutrir com seus discípulos um relacionamento de amizade e confiança. O dia a dia era tão eficaz quanto o “púlpito”.
Gostaria que você levasse a sério a questão do discipulado. Você sente que precisa aprender? Reflita sobre as oportunidades de aprendizado da Palavra que sua Igreja tem proporcionado a você e não as negligencie. Você é um cristão maduro? Então FORME UM DISCÍPULO! Talvez você não se sinta preparado para pregar ou ensinar, mas certamente poderá servir de exemplo a alguém mais novo na fé, convivendo amorosamente com um irmão que precisa crescer no conhecimento da Palavra.
Que ser um discípulo fiel de Jesus – no aprender e no ensinar – seja um anseio profundo do seu coração e que, ao colocar o discipulado em prática, Deus seja glorificado por intermédio de sua vida. Amém!


quarta-feira, 6 de abril de 2011

Uma Igreja Discipuladora

No último “post”, escrevemos sobre a razão que justifica a existência da Igreja: glorificar Jesus por meio da expansão de seu Reino, o que ocorre quando o povo de Deus evangeliza, isto é, anuncia a todos que Jesus triunfou sobre o pecado na cruz.
Mas qual método a Igreja deve adotar para cumprir essa missão? De qual estratégia ela deve se valer para alcançar o objetivo de propagar sua mensagem, expandir o Reino de Deus?
Muitos têm optado claramente por prestigiar números ao invés de pessoas. Desejam falar de Jesus para multidões, sem se preocupar muito em ensinar efetivamente cada indivíduo. A partir dessa filosofia, muitas denominações têm gastado quantias milionárias com “tele-evangelismo” e conferências que reúnem milhares. Sem entrar aqui em discussões sobre resultados, minha pergunta é: foi esse o método que Jesus estipulou como forma de expandir seu Reino?
Em Mateus 28.19 e 20 Jesus ordenou que seus discípulos fizessem discípulos, batizando-os e ensinando-os a guardar os preceitos que aprenderam com Ele. Em outras palavras, o método que Jesus ordenou que a Igreja usasse a fim de expandir seu Reino foi o discipulado. Os cristãos sempre perdem recursos e energia quando tentam falar superficialmente de Jesus a grandes multidões. O modelo de evangelismo “por atacado” dificilmente produzirá mudança genuína na vida das pessoas, uma vez que, se por um lado muitos escutam a pregação ao mesmo tempo, por outro, ninguém é instruído amorosa e individualmente.
Acima de tudo, o mais importante é que o povo de Deus se pergunte: o que Jesus deseja que nós façamos para expandir seu Reino? A resposta que nos é trazida na Grande Comissão é: nosso Rei deseja que implementemos entre nós um relacionamento inter-pessoal de ensino e aprendizagem: Jesus quer que sua igreja ensine pessoas, e não que seja organizadora de grandes eventos ou produtora de shows para rádio e televisão!
Disicpular! Entendemos que é isso que Jesus espera que sua Igreja faça. A história tem demonstrado que a Igreja cresce em número e influência quando promove discipulado, pois Jesus abençoa seu povo quando este é obediente.
Igrejas que desejam de coração sincero obedecer seu mestre, deveriam refletir profundamente sobre o espaço que dão ao discipulado. Mais do que aprender o que é discipular, cada comunidade cristã deveria caminhar no sentido de tornar-se uma igreja discipuladora. Discipulado, portanto, mais do que um assunto a ser estudado, é uma eclesiologia a ser adotada, uma filosofia de ministério verdadeiramente bíblica. A meta de toda liderança cristã deveria ser discipular efetivamente todos os membro de sua igreja, ensinando-os a Palavra de Deus, de forma que se tornem capazes a serem mestres aptos para discipular novos convertidos e novas gerações. Já imaginou o efeito quantitativo e qualitativo que esse método ensinado por Jesus causaria em nossas igrejas, se adotado?
Mas como poderíamos implementar isso na prática? Nas próximas postagens proporemos algumas sugestões, baseadas na Escritura, que serão úteis no sentido de despertar nossas igrejas para a prática do discipulado.



segunda-feira, 4 de abril de 2011

Igreja: seu objetivo e seu método

Qualquer projeto que pretendamos desenvolver, para alcançar êxito, precisa definir claramente seus objetivos e seus métodos. Na medida em que é um empreendimento humano, esse princípio também vale para a Igreja. A fim de se chegar a uma conclusão sobre os objetivos e métodos aplicáveis às igrejas de hoje, teólogos e pastores tem se lançado a infindos debates: são as discussões sobre eclesiologia ou filosofia de ministério. Algumas igrejas chegaram à conclusão que sua razão de ser é alcançar um determinado grupo de pessoas: usam todos os métodos para cativar “tribos urbanas” (roqueiros, skatistas etc.) que de acordo com sua liderança não encontram espaço nas igrejas tradicionais. Outros líderes entendem que seu objetivo ministerial é promover a “missão integral”, e mesmo sem uma definição clara deste excelente conceito, transformam sua igreja em uma ONG assistencial.
Como empreendimento humano, a Igreja realmente precisa definir seu objetivo e seu método. Contudo, a Igreja não é um empreendimento somente humano. A Igreja foi fundada sobre Jesus Cristo. E nosso Supremo Pastor deixou instruções detalhadas em Sua Palavra a respeito de qual é o objetivo da Igreja e qual o método legítimo e eficaz para atingi-lo.
Isto está claro em Mateus 28.17-20. Jesus é apresentado em todo evangelho como um Rei que derrotou seus inimigos e, vitorioso, agora vai expandir seu Reino. Ele deseja ser reconhecido e glorificado, e é digno disto. Neste texto, a Igreja é comissionada a unir-se a Ele nesta tarefa. Aqui Jesus faz da Igreja o instrumento por meio do qual proclamará a vitória irresistível de seu Reino a todos os povos, convocando as nações da Terra a reconhecerem-no como Senhor, tributando a ele toda honra e toda glória e desfrutando da alegria decorrente de sua vitória! Que missão mais gloriosa é a nós outorgada!
É muito desencorajador quando percebemos que os cristãos perdem seu foco porque deixam de ser cristocêntricos.  Quando uma “igreja” define que sua missão ou objetivo é qualquer outro que não promover Jesus, ela deixou de ser “igreja” e se transformou em uma ONG ou clube social. Creio que muitos não conseguem divisar nossa missão claramente definida na Grande Comissão, um dos mais conhecidos textos da Bíblia, porque colocam motivações humanistas a frente de Cristo. Isso é muito ruim, e qualquer Igreja verdadeiramente comprometida com Jesus deve rejeitar tal postura.
O objetivo da Igreja foi muito bem definido por Jesus: ela existe para proclamar ao mundo a vitória do Cordeiro de Deus na cruz do Calvário! Ela existe para dizer a todos que o Rei dos Reis venceu e voltará trazendo plena paz e perfeita justiça. Essa mensagem leva alegria ao coração das nações e promove a glória de Deus em Cristo Jesus.
Mas como a Igreja deve cumprir essa missão? O Rei que delegou a tarefa também estabeleceu a forma de realizá-la: a Igreja deve promover o Reino por meio do discipulado. Passaremos a dissertar sobre isto nas próximas postagens.