segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Uma mensagem de alegria

            Esta semana um amigo me apresentou um dilema: “observo na vida de muitos evangélicos um fanatismo carregado de culpa, uma pregação que só fala de pecado. Parece que por mais que orem, agradeçam, arrependam-se, nunca são nada diante de Deus. Será que Deus nos dá esse fardo tão gigantesco, nos obriga a viver com sentimento de culpa eterna?”
            Assim vivem, de fato, muitos “evangélicos”: um fanatismo legalista, carregado de culpa e tristeza. As palavras acima – ditas por alguém que não é evangélico – corroboram uma asseveração muito reiterada por mim: muitos “evangélicos” jamais entenderam e por isso mesmo não pregam o EVANGELHO!        
            Cristãos verdadeiros precisam mesmo falar do pecado. Os homens de fato transgridem a lei de Deus e isso os torna culpados. Mas se a pregação parar aí percorreu somente metade do caminho! Apresentou a má notícia, mas não o EVANGELHO (boa nova)! Ficam perguntas no ar: como posso fazer as pazes com Deus? O que posso fazer para me livrar dessa culpa?
            A Bíblia diz que você não pode fazer nada. Ninguém pode, por seu próprio esforço moral, satisfazer a justiça de um Deus Santo. Cientes dos nossos pecados só nos resta mesmo nos arrepender. Mas a Bíblia diz que esse Deus Justo é também misericordioso. Ele se compadeceu de nós e decidiu nos salvar. Como Ele fez isso?
Os capítulos 1 e 2 de Lucas narram o nascimento de Jesus. Esses textos dizem que esse evento foi uma notícia muito alegre! (veja Lc 1.19, 1.28, 44, 47). Um anjo contou isso para alguns pastores dizendo: “eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu (...) o Salvador, que é Cristo, o Senhor”. (Lc 2.10-11). Para satisfazer sua justiça e salvar o pecador, Deus decidiu tornar-se homem. No Natal, Deus se encarnou na pessoa de Jesus. Cristo foi o único homem que viveu sem jamais pecar, e embora fosse completamente justo e inocente, morreu em uma cruz sangrenta; por fim, ressuscitou três dias depois. Isso é o que Deus fez para salvar o homem: deu-se a Si mesmo como sacrifício pelos pecadores!
Só vive livre de culpa quem entende essa mensagem. Quando alguém confia em Jesus como seu Salvador, Deus atribui a tal pessoa a obediência de Cristo, livrando-a da culpa. Além disso, Deus não pode mais condená-la, pois sua pena foi suportada por Cristo na cruz! Mas é aí que vem o melhor: Jesus ressuscitou! Quando cremos nele, experimentamos o poder de sua ressurreição, traduzido em santidade e paz já nesta vida, bem como esperança de ressuscitar no porvir!
Cristãos verdadeiros, portanto, não carregam fardos de culpa, não vêem Deus como um tirano. Ao contrário, desfrutam de INDESCRITÍVEL ALEGRIA ao reconhecer em Deus um Salvador gracioso, que ofereceu a Si mesmo para satisfazer sua própria justiça. A vida cristã, portanto, é plena de gozo, satisfação e paz!
ESSE É O EVANGELHO: Glória a Deus nas maiores alturas e paz na terra entre os homens a quem Deus quer bem! (Lc  2.14).