segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Plena Satisfação em Cristo

Sinto-me muito feliz quando, depois de um dia de trabalho, passo a noite na companhia da minha esposa Renata, lendo juntos um bom livro ou assistindo com ela a algo interessante na televisão, com nossa cadelinha “Mel” debaixo das cobertas conosco. Gosto também, em um desses dias frios de inverno, de contemplar a beleza do céu profundamente azul, sentindo o sol batendo de mansinho em minha face. É também prazeroso desfrutar uma boa refeição; realizar um trabalho bem feito e perceber que ele teve resultados; sentir que o analgésico fez efeito e a dor de cabeça passou... Tudo isso gera prazer e satisfação.
Contudo, devemos reconhecer: De que adianta contemplar o belo céu ensolarado que contrasta com o frio da manhã, sem reconhecer que estas coisas se sustentam pelo poder do Criador (Sl 19.1)? Que prazer e beleza haveria nisto, se tudo fosse matéria, reação físico-química? De que adianta viver o contexto de família, sem reconhecer que a intimidade, a sexualidade, a companhia do cônjuge, tudo isso é projeto de nosso Criador para nós? De que adianta desfrutarmos uma deliciosa refeição sem reconhecer a graciosa provisão de Deus? De que adianta ao homem levantar de madrugada, trabalhar duro, se não consegue vislumbrar que, ao fazer isto, presta culto ao seu Criador ao cumprir sua sagrada vocação? De que adianta ter saúde, somente para usar o vigor físico para cometer iniquidades contra Deus?
O que estou querendo dizer é que, em rebeldia contra o Criador, trabalho, comida, sexo, dinheiro, saúde, tudo é "vaidade e correr atrás do vento" (esse é o tema tão dramaticamente expresso pelo autor do livro de Eclesiastes).
Mas, por outro lado, se Jesus é o centro de nosso viver, se nossa satisfação está plenamente nEle, então:
1) Quando fazemos as coisas mais simples (comer uma boa refeição, ter momentos de lazer, experimentar alívio da dor) em tudo damos graças a Deus e assim glorificamos o Redentor (1Co 10.31).
2). Temos prazer em nosso trabalho, e o realizamos como serviço ao Reino. A nossa relação com Cristo transforma trabalho em vocação, e nos empenhamos nele para glorificar a Deus. Se não for assim, tudo não passa de canseira e enfado.
3) Ao pensarmos em sexo, a primeira coisa que nos vem a mente não é lascívia, nem auto-gratificação; é GRATIDÃO A DEUS, que criou algo tão maravilhosamente belo, profundo, íntimo e capaz de expressar amor de um modo singular no contexto do casamento.
A centralidade de Jesus em nossa vida muda a forma de ver o mundo. Entender biblicamente a realidade é reconhecer que só é possível ser verdadeiramente feliz se a nossa felicidade está em CRISTO JESUS antes de qualquer outra coisa; e firmada nossa alegria nEle, podemos nos alegrar com as coisas secundárias. Em outras palavras: as bênçãos “acessórias” - dinheiro, sexualidade, família, saúde, comida - são verdadeiramente bênçãos, e não pedras de tropeço para nós, quando as recebemos com ações de graças, louvando a Deus por elas, e usando-as com alegria para glorificar nosso Redentor.
Por outro lado, se o fundamento de nossa alegria é qualquer outra coisa que não o Senhor, então amamos mais as coisas criadas por Deus do que nosso Criador e Redentor. Isto faz de nós idólatras, o que nos conduz a duas considerações.
Primeiro, este mundo tem coisas muito boas e prazerosas, mas elas somente são assim porque Jesus as redimiu. Logo, nosso maior prazer deve estar em Cristo, que dá sentido a tudo que recebemos da parte de Deus. Sem a ação redentora dEle, o pecador dá uma direção pervertida às coisas que foram criadas boas por Deus. Na área da sexualidade, por exemplo, ao invés de usar essa dádiva no contexto do casamento, o pecador se entrega à promiscuidade (adultério, fornicação, homossexualismo, etc.). Só quando conhece Jesus, o pecador redimido passa a usar as boas coisas criadas da maneira planejada por Deus, para a glória dEle, e não para sua própria satisfação (fazendo do seu eu um “deus” e das coisas um ídolo). 
Em segundo lugar: se Jesus está no centro de nossa vida, reconhecemos que a vida presente, por causa da obra dEle, já é muito boa, mas ainda imperfeita; isto porque o pecado ainda macula e entristece a nossa vida. Sendo assim, ansiamos por uma era futura, em que na presença de Jesus, lágrimas não serão mais vertidas pelos salvos.
A vida aqui nessa terra está sob o efeito do pecado, e por isso coisas ruins acontecem. Mas por causa do Cordeiro de Deus, morto antes da fundação do mundo, desfrutamos de muitas coisas boas. Tudo de bom que temos aqui provem dEle! Aliás, devemos reconhecer que nosso pecado deveria ter causado a prevalência do sofrimento, do mal, da injustiça; é Cristo quem impede isso, afinal, Deus provisionou redenção em Jesus, de maneira que aqueles que são salvos continuam alegres e gratos a Deus mesmo quando as coisas vão mal.
O cristão, portanto, olha para tudo que existe e dá glória a Deus; mas como sua alegria está centrada em Jesus, anseia profundamente por sua volta, quando continuaremos a usufruir de muitas das coisas excelentes que já existem - e de outras ainda melhores -, mas sem as consequências destrutivas do pecado.
Se seu coração ama alguma coisa mais que Jesus, se você considera que falta algo para ser feliz, então Jesus não se tornou para você aquilo que de fato deve ser: O MAIOR TESOURO, A MAIOR ALEGRIA, AQUELE QUE  SATISFAZ PLENAMENTE.
Quem tem um relacionamento assim com Jesus, acorda todo dia e diz: “Cristo Jesus, obrigado pela alegria radiante que já desfruto em ti. Devo-a a ti. Senhor Jesus, para que tu sejas ainda mais glorificado: vem já! Volta Senhor, para que possamos conhecê-lo perfeitamente, para que toda lágrima seja enxugada de nossos olhos por causa da tua presença maravilhosa em nosso meio, e para que possamos contemplar a plenitude do belo, do bom, do justo e do amável, que somente a tua segunda vinda poderá trazer à luz. Sim, Maranata, vem Senhor Jesus!”

Nenhum comentário:

Postar um comentário